quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Experimentos de Química despertam a curiosidade e o interesse dos alunos

            No decorrer do 3º bimestre desse ano letivo, aconteceram muitas atividades experimentais de Química na escola CESC (Centro Educacional Santa Cruz) durante as aulas ministradas pelo professor Marcelo Franco Leão.
            Os alunos do Ensino Médio, através de ensaios utilizando materiais concretos, puderam comprovar as teorias estudadas e, dessa forma, aproximar os conceitos, até então abstratos, de suas práticas cotidianas. Um diferencial para alcançar esses resultados foi a utilização de tecnologias de informação e comunicação (TCIs) através da criação de um grupo de discussão via internet com os alunos da turma do 1º ano que puderam acessar arquivos sobre o assunto e postar comentários e dúvidas.
            Os experimentos realizados foram:
ü     Ionização do sal por meio da reação com água que formou eletrólitos capazes de conduzir corrente elétrica;
ü     Verificação do comportamento de alguns materiais, como o vidro, o papelão, a água pura, a madeira, o cloreto de sódio, sólido e em meio aquoso, o metal, o tecido e o plástico, frente à permissão do fluxo ordenado de elétrons, o que determina se o material é isolante ou condutor;
ü     Identificação do pH de substâncias como o suco de limão, o vinagre de álcool, a soda cáustica, o bicarbonato de sódio, o alvejante, a saliva humana e a água, para determinar se o caráter de cada uma é ácido       ( pH < 7), neutro(pH = 7) ou alcalino(pH> 7). Isso foi possível devido a utilização dos indicadores fenolftaleína, extrato de repolho roxo e papel tornassol;
ü     Reações químicas de precipitação e formação de sal duplo por via seca, utilizando sulfato de cobre e cloreto de sódio, notando que a coloração do produto foi alterada, comprovando assim sua ocorrência.
Esses ensaios experimentais estarão sendo realizado novamente durante a Expo-Cesc, evento que acontecerá no mês de Outubro, no qual os alunos apresentarão à comunidade escolar os trabalhos mais significativos que desenvolveram.
“Tudo o que verificamos pela utilização prática torna-se mais atraente e mais fácil de ser assimilado e, quando o aprendizado é significativo, jamais será esquecido.”


quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Escurecimento Enzimático


UNEMAT                                                                             Bioquímica de Alimentos
Departamento de Engenharia de Alimentos
Escurecimento Enzimático
É uma reação que acontece em frutas e vegetais, que quando em contato com o ar, ocorre a transformação de compostos fenólicos (substância encontrada em vegetais e frutas) em polimeros coloridos (muitas moléculas de aminoácidos).
Essa reação pode causar mudanças indesejaveis. Além do escurecimento da superfície da fruta ou verdura pode ocorrer a deterioração de aroma e a diminuição do valor nutricional de muitos alimentos.
POR QUÊ OCORRE?
Acontece somente em alimentos ricos em compostos fenólicos, substância incolor que sofre oxidação quando em contato com o oxigênio, através de uma enzima chamada polifenolase, formando polimeros visíveis, moléculas maiores que adquirem uma coloração característica.
COMO ACONTECE?
Ao cortar frutas como maçã, pêra, banana, tâmaras, cacau e vegetais, batatas, mandioca e vagem entre outros, e deixa-los em contato com o oxigênio por alguns minutos ele escurecem ficando com manchas pardas ou pretas.

PARA QUE PODE SER USADO
O escurecimento enzimático é usado de forma desejável pela industria de alimentos, na maturação de tâmaras, preparo de cidras, fermentação de chás, secagem de grãos de cacau, desenvolvimento de cor e sabor do chá e do cacau e proteção contra micronutrientes.

COMO EVITAR
Ao manipular frutas e verduras, para que essas não escureçam, utilize gotas ou suco de frutas cítricas como limão e laranja, dessa forma você diminui o Ph da fruta inativando a enzima que desencadeia o escurecimento. Você também pode utilizar água quente nos vegetais e para a produção de compota de maçã, pêra e banana Não coloque-os na água fria, somente depois que já estiver fervido. Outra forma de evitar o escurecimento enzimático é colocando sal ou açúcar para prevenir o contato com o oxigênio.
As reações que provocam o escurecimento dos alimentos podem ser oxidativas ou não oxidativas. O escurecimento oxidativo ou enzimático é uma reação entre o oxigênio e um substrato fenólico catalisado pela enzima polifenoloxidase e não envolve carboidratos.
Não Enzimático: O escurecimento não oxidativo ou não enzimático é muito importante em alimentos, envolve o fenômeno de caramelização e/ou a interação de proteínas ou aminas com carboidratos (reação de Maillard). A intensidade das reações de escurecimento não enzimático em alimentos depende da quantidade e do tipo de carboidrato presente. Apesar da reação de escurecimento não enzimático ocorrer principalmente entre açucares redutores e aminoácidos, a degradação do açúcar, bem como a degradação oxidativa do ácido ascórbico e adicional condensação de compostos carbonílicos formandos com grupos amina presentes, resulta na formação de pigmentos escuros. As reações de escurecimento não enzimático em alimentos estão associadas com aquecimento e armazenamento e podem ser dividas em três mecanismos, Maillard, Caramelização e Oxidação de ácido ascórbico. O aquecimento dos carboidratos, em particular da sacarose e outros açucares não redutores, na ausência de compostos nitrogenados, produz um conjunto de reações complexas conhecidas como caramelização. Essas reações são favorecidas pela presença de ácidos e de certos sais, porém, sua velocidade é maior em meios alcalinos. Em termos gerais, a termólise provoca reações de desidratação dos açucares com a introdução de ligações duplas e a formação de anéis insaturados. Essas ligações duplas absorvem luz e provocam o aparecimento da cor, enquanto os anéis se condensam uns com outros pra produzir polímeros com cor e aroma. Os açucares no estado sólido são relativamente estáveis ao aquecimento moderado, mas em temperaturas maiores que 120ºC são pirolisados para diversos produtos de degradação de alto peso moleculares e escuros, denominados caramelos. Os pigmentos responsáveis pelas cores do caramelo são polímeros de estrutura variável, complexa e, em alguns casos, desconhecidas. Os pigmentos que aparecem durante o processo podem ser de três tipos, caramelo de cor parda, avermelhado e de cor pardo-avermelhada. Sob a denominação de escurecimento não-enzimático ou reação de Maillard, engloba-se uma série de reações muito complexas mediante as quais, e sob determinadas condições, os açúcares redutores podem reagir com as proteínas e produzir pigmentos de cor pardo-escura e modificações no odor e no sabor dos alimentos, que são desejáveis em alguns casos (assados, tostados ou frituras) e indesejáveis em outros (cores escuras que se desenvolvem durante o armazenamento dos alimentos). O nome escurecimento não-enzimático serve para diferenciar essas reações do escurecimento rápido que se observa nas frutas e nos vegetais como resultado das reações catalisadas por polifenol-oxidases e que ocorrem entre o oxigênio e o substrato fenólico sem a intervenção de carboidratos. O escurecimento não-enzimático apresenta-se durante os processos tecnológicos ou o armazenamento de diversos alimentos. Acelera-se pelo calor e, portanto, está presente nas operações de cocção, pasteurização, esterilização e desidratação. Esta reação pode resultar na perda de nutrientes como os aminoácidos do alimento. Como resultado dessa reação são produzidos muitos produtos diferente que irão conferir sabor e aroma ao alimento. O escurecimento é devido à produção de melanoidinas, polímeros insaturados, e cuja cor é mais intensa quanto maior for seu peso molecular. A cor pode variar de marrom-claro até preto. A reação ocorre entre açucares redutores e aminoácios (unidade estrutural das proteínas). A reação de Maillard compreende três fases: inicial, intermediária e final.

Pesquisar sobre os três tipos de escurecimento não enzimático: